quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Governo de Café Filho, Nereu Ramos e Carlos Luz


Café Filho
O suicídio de Vargas fez com que a breve presença de Café Filho na presidência fosse marcada por uma grande instabilidade. Para acalmar as tensões dessa época, o novo presidente saiu aos meios de comunicação prometendo assumir os compromissos firmados por seu antecessor. Os grandes problemas econômicos da época (a inflação e o déficit da balança comercial) foram combatidos através da limitação do crédito, a redução das despesas públicas, a criação de uma taxa única de energia elétrica e a retenção automática do imposto de renda sobre os salários. Além disso, para buscar apoio junto aos parlamentares na aprovação de tais medidas, Café Filho declarou que seu governo tinha caráter provisório e não tinha maiores pretensões políticas.

Carlos Luz
 Ingressou na política como vereador na cidade mineira de Leopoldina, sendo eleito prefeito no período de 1923 a 1932.
Participou do governo federal a partir de 1932, quando assumiu a Secretaria da Agricultura, Viação e Obras Públicas de Minas Gerais, cargo que exerceu até 1933, quando passou a comandar a secretaria do Interior do mesmo Estado até 1935.
Foi eleito deputado federal pelo PP (Partido Progressista) (1935-1937) e convidado para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro de 1939 a 1946. Não chegou a assumir o cargo de deputado federal para o qual foi eleito pelo PSD (Partido Social Democrático) porque foi nomeado para assumir o ministério da Justiça e Negócios Interiores, em 1946, no governo de Café Filho. Após sua substituição no cargo de ministro, reassumiu como deputado federal e foi reeleito pelo mesmo partido por mais dois mandatos (1947-1961).Assumiu a presidência da República em 8 de novembro de 1955, quando Café Filho foi afastado em virtude de um movimento político. De acordo com a Constituição de 1946, caberia ao presidente da Câmara dos Deputados, cargo exercido por Carlos Luz, o poder do país na ausência do presidente e vice-presidente.
Carlos Luz permaneceu apenas dois dias no comando do país. Foi deposto no dia 11 de novembro pelo golpe militar liderado pelo então ministro da Guerra, general Lott. Atribuíram a deposição de Carlos Luz a manobras políticas para impedir a posse de Juscelino Kubitschek, eleito presidente.
O Congresso Nacional proibiu Carlos Luz de permanecer no poder e designou Nereu Ramos, então presidente do Senado, para assumir a presidência até a posse de Kubitschek.

Nereu Ramos
Presidente do Brasil, entre 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956, Nereu Ramos ocupou a presidência no período conturbado de nossa política nacional após o suicídio de Getúlio Vargas. Teve seu mandato de deputado federal cassado após a revolução de Getúlio Vargas e a destituição do Congresso Nacional. Em 1934, na Assembleia Nacional Constituinte, exerceu o cargo de deputado e posteriormente governou o estado de Santa Catarina de 1935 a 1937. No mesmo ano elegeu-se indiretamente como vice-presidente da república, no mandato presidencial de 1946-1951. Em 1951, foi eleito deputado federal e presidente da Câmara pelo PSD. Em 1954, retornou ao Senado ocupando a vice-presidência da instituição. Em 11 de novembro de 1955, após a deposição do presidente em exercício Carlos Luz, assumiu a presidência da República, em virtude na impossibilidade de Café Filho, vice-presidente do falecido Getúlio, de retornar ao poder devido a problemas de saúde.
Nereu Ramos ocupou a presidência até a posse de Juscelino Kubitscheck.

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