Café Filho
O suicídio de Vargas fez com que a breve
presença de Café Filho na presidência fosse marcada por uma grande
instabilidade. Para acalmar as tensões dessa época, o novo presidente saiu aos
meios de comunicação prometendo assumir os compromissos firmados por seu
antecessor. Os grandes problemas econômicos da época (a inflação e o déficit da
balança comercial) foram combatidos através da limitação do crédito, a redução
das despesas públicas, a criação de uma taxa única de energia elétrica e a
retenção automática do imposto de renda sobre os salários. Além disso, para
buscar apoio junto aos parlamentares na aprovação de tais medidas, Café Filho
declarou que seu governo tinha caráter provisório e não tinha maiores
pretensões políticas.
Carlos Luz
Ingressou na política como vereador na cidade
mineira de Leopoldina, sendo eleito prefeito no período de 1923 a 1932.
Participou do governo federal a partir de
1932, quando assumiu a Secretaria da Agricultura, Viação e Obras Públicas de
Minas Gerais, cargo que exerceu até 1933, quando passou a comandar a secretaria
do Interior do mesmo Estado até 1935.
Foi eleito deputado federal pelo PP (Partido
Progressista) (1935-1937) e convidado para assumir a presidência da Caixa
Econômica Federal do Rio de Janeiro de 1939 a 1946. Não chegou a assumir o
cargo de deputado federal para o qual foi eleito pelo PSD (Partido Social
Democrático) porque foi nomeado para assumir o ministério da Justiça e Negócios
Interiores, em 1946, no governo de Café Filho. Após sua substituição no cargo de
ministro, reassumiu como deputado federal e foi reeleito pelo mesmo partido por
mais dois mandatos (1947-1961).Assumiu a presidência da República em 8 de
novembro de 1955, quando Café Filho foi afastado em virtude de um movimento
político. De acordo com a Constituição de 1946, caberia ao presidente da Câmara
dos Deputados, cargo exercido por Carlos Luz, o poder do país na ausência do
presidente e vice-presidente.
Carlos Luz permaneceu apenas dois dias no
comando do país. Foi deposto no dia 11 de novembro pelo golpe militar liderado
pelo então ministro da Guerra, general Lott. Atribuíram a deposição de Carlos
Luz a manobras políticas para impedir a posse de Juscelino Kubitschek, eleito
presidente.
O Congresso Nacional proibiu Carlos Luz de
permanecer no poder e designou Nereu Ramos, então presidente do Senado, para
assumir a presidência até a posse de Kubitschek.
Nereu Ramos
Presidente do Brasil, entre 11 de novembro de
1955 a 31 de janeiro de 1956, Nereu Ramos ocupou a presidência no período
conturbado de nossa política nacional após o suicídio de Getúlio Vargas. Teve
seu mandato de deputado federal cassado após a revolução de Getúlio Vargas e a
destituição do Congresso Nacional. Em 1934, na Assembleia Nacional
Constituinte, exerceu o cargo de deputado e posteriormente governou o estado de
Santa Catarina de 1935 a 1937. No mesmo ano elegeu-se indiretamente como
vice-presidente da república, no mandato presidencial de 1946-1951. Em 1951,
foi eleito deputado federal e presidente da Câmara pelo PSD. Em 1954, retornou
ao Senado ocupando a vice-presidência da instituição. Em 11 de novembro de
1955, após a deposição do presidente em exercício Carlos Luz, assumiu a
presidência da República, em virtude na impossibilidade de Café Filho,
vice-presidente do falecido Getúlio, de retornar ao poder devido a problemas de
saúde.
Nereu Ramos ocupou a presidência até a posse
de Juscelino Kubitscheck.
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